segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Movimentos sociais

Os movimentos sociais se constituem na ação conflitante de defesa de interesses por parte da classe trabalhadora contra o desejo capitalista dos patrões de acumular e centralizar os lucros evitando dessa forma a distribuição de renda e contribuindo, por outro lado, para o aumento das mazelas sociais. Tais movimentos, quando bem articulados, com pontos prioritários e finalidades voltada para a defesa dos interesses da classe por ele representada, têm um papel primordial na firmação da cidadania e consequentemente na estruturação do regime democrático em uma nação. Além de reivindicar os direitos específicos de certas classes trabalhadoras, o s movimentos sociais também atuam na conscientização de seus representados, na denúncia de problemas sociais ligados à falta de oportunidades para  maioria da população e, principalmente, os movimentos sociais são responsáveis por direcionar a ação do Estado para o fortalecimento de políticas públicas de caráter assistenciais que promovam uma certa qualidade de vida para boa parte da população principalmente para a lasse trabalhadora.
São vários os movimentos sociais existentes no Brasil e no mundo. Especificamente no Brasil podemos citar, como movimentos de grande impacto no contexto nacional, o movimento dos trabalhadores sem teto (mtst), o movimento dos trabalhadores rurais sem terra (mst), a União dos estudantes (une) etc.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pe. Raimundo Kroth

 “Ide, incendiai o mundo no amor de Deus e das almas” (Inácio de Loyola)


O nosso sincero agradecimento pela dedicação, pelo empenho, pela presença em nossa comunidade educativa no Colégio Santo Inácio de Fortaleza.
Por sua postura tranquila, discreta e sempre presente, nosso reconhecimento através desse poema...
"Tarde Vo amei,
ò Beleza tão antiga e tão nova,
tarde Vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim,
e eu lá fora, a procurar-Vos!
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes.
Estáveis comigo e eu não estava convosco!
Retinha-me longe de Vós
aquilo que não existirira
se não existisse em Vós.
Porém, chamaste-me,
com uma voz tão forte,
que rompestes a minha surdez!
Brilhastes, cintilastes,
e logo afugentastes a minha cegueira!
Exalaste Perfume:
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós.
Saboreei-Vose, agora, tenho fome e sede de Vós.
Tocastes-mee ardi no desejo de Vossa Paz."



Santo Agostinho
Com pesar e profunda tristeza, a Direção do Colégio Medianeira comunica o falecimento de nosso querido ex-diretor Pe. Raimundo Kröth, aos 68 anos de idade e 47 de Companhia de Jesus. Ele morreu no domingo, 3 de outubro, às 22h, na Casa de Saúde dos Jesuítas, em São Leopoldo, RS, vítima de câncer.


O corpo está sendo velado no Santuário Coração de Jesus, junto à Casa de Saúde. Às 16h30, haverá uma missa de corpo presente e o enterro será em seguida no Cemitério dos Jesuítas, junto ao Santuário do Pe. Reus, em São Leopoldo.

O Pe. Raimundo dirigiu o Colégio Medianeira por duas vezes. De 1975 a junho de 1986, dedicou-se ao Colégio Medianeira, assumindo diversos encargos como Professor, Orientador espiritual, Superior da comunidade religiosa, Diretor geral. De 2000 a 2007, assumiu novamente a Direção geral do Colégio. Foi o responsável por mudanças estruturais estratégicas e pelo Planejamento Estratégico, realizado entre 2006 e 2007, que garantiu novos rumos e objetivos para a instituição até 2012, com o compromisso de constante atualização.

De personalidade forte, visionária, reflexiva e analítica, Pe. Raimundo Kröth foi diretor, educador, amigo e conselheiro dos educadores do Colégio Medianeira. Para ele, dirigir um colégio da Companhia de Jesus era mais que uma tarefa ou um desafio, era uma missão de vida e um compromisso com os paradigmas da educação jesuíta. “Geralmente, onde há uma escola dos jesuítas, é uma escola academicamente boa, já pelo valor que as ciências têm, nessa visão de Santo Inácio, da maior glória de Deus, de que o toque de Deus está presente em tudo aquilo que o ser humano pode descobrir ou inventar para beneficiar a raça humana”, afirmou Pe. Raimundo em uma entrevista publicada no número zero da Revista Mediação. Exigente, discreto, espirituoso e bem-humorado, o Pe. Raimundo tinha a busca da excelência como meta e cultivava a autonomia e a liberdade como essenciais para a sobrevivência dos homens e das instituições, sem, no entanto perder de vista os votos feitos durante a vida religiosa, principalmente o da fidelidade à Companhia.

Foram 47 anos de dedicação inquestionável. Sua fama de visionário o levou nos dois últimos anos ao Colégio Santo Inácio, de Fortaleza, no qual chegou como diretor. Recebeu uma instituição em dificuldades e tratou logo de promover mudanças e parcerias ousadas que modificaram em pouco tempo a perspectiva da obra. Lá, em dezembro de 2009, passou a ter problemas de saúde. Descobriu então se tratar de um câncer. Vislumbrando os dias que viriam, entregou a direção do Colégio e mudou-se para a Casa de Saúde dos Jesuítas, em São Leopoldo, onde, resignado, permaneceu.

Seus pais, já falecidos, vieram da Alemanha e os irmãos vivem em Santa Catarina. Pe. Raimundo era graduado em Filosofia, Pedagogia e Teologia e pós-graduado em Pedagogia Inaciana.
Veio de um lugar “um pouquinho além de Chapecó”, em Santa Catarina, Saudade.

É este o sentimento que nos toma e que ficará sempre que nos lembrarmos e falarmos do Pe. Raimundo.


Direção
Colégio Medianeira

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

É fato social... Olimpíada Brasileira de matemática...

Parabéns a vocês que se esforçaram por mostrar competência no conhecimento da ciência matemática. Não vale o mérito da concorrência, tão somente.... Parabenizo-os, principalmente, pelo apreço ao conhecimento desta ciência que, se bem aplicada, é de grande utilidade na configuração de uma sociedade igualitária através da economia e, porque não dizer, no âmbito da filosofia, é prazerosa ao revelar as mentes mais perspicazes e sedentas de conhecimento, através dos números, a essência mesma do universo. Então, nessa dimensão "in-finita" de cálculos precisamente probalisticios e/ou probabilisticamente precisos, só posso desejar força e coragem para seguirem em frente nessa jornada sem fim, reflexiva e pragmática, calculista e humana, misteriosa e objetiva... sem mais delongas, um abraço e meus parabéns!!!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tarefa- 3ª etapa

Criar artigos nos seguintes temas:
1º - Determinar, de modo geral, ideologia.
2º- Determinar ideologia nas concepções de Tracy, Comte e Marx.
3º- Fazer relação, nas concepções de Marx, entre ideologia e classe dominante.
4º-Fazer artigo com a música do cazuza (Ideologia).
5º- Atualizar enquete presidenciáveis.

Ideologia

É o estudo científico sobre a formação das idéias. Para Marx, a ideologia está sempre vinculada as idéias da classe dominantes e o único meio de refazê-la vinculando-a à verdde é através da conscientização da classe trabalhadora.
No Brasil, o compositor Cazuza expressa bem o conteúdo e os vínculos da ideologia em sua múscia de mesmo nome (Ideologia).

Meu partido

É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...

Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!

Eu quero uma prá viver...

O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar

A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Prá viver...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia do amigo - 20 de julho....

Hoje dia 20 de julho, dia do amigo, desejo a todos os meus alunos e alunas, na alegria das férias, do descanso merecido, onde quer que estejam.... um Feliz dia do amigo.... E, a todos vocês, dedico este poema de Albert Einstein...

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein 


 (foto:http://api.ning.com/files/vizS6BbRoDqO4gdniINMSy1SdN6lSGlcf1lSRH3qwzy-gpvj-OrOxjUui23nqpB0WAaMuVPu0XMMaGM6OqUGfzwhTyDp*amf/amigos1.jpg)
A vida é assim, com já dizia o grande filósofo do movimento Heráclito de Héfeso: "tudo passa, tudo é um eterno devir..." "Tudo flui...".... Mas saibam que sentimentos verdadeiros, são essencias imutáveis que nem o tempo corrói... Um abração a todos(as)...

sábado, 10 de julho de 2010

O Brasil e a corrida presidencial

O Brasil é uma República presidencialista. Aqui a relação entre governantes e governados se configura, como em toda a democracia, através de pleitos eletivos onde são escolhidos os representantes do poder legislativo (Câmara dos deputados e Senado Federal) e os representantes do executivo (presidente da república, governadores de Estados e prefeitos municipais). Nesse ano de 2010, teremos eleição para a escolha de Presidente da República, governadores e senadores.
Até agora, em julho desse ano, os candidatos oficiais para a presidência da República são(em ordem alfabética):
Américo de Souza - PSL;
Dilma Roussef - PT;
Ivan Pinheiro - PCB;
José Maria Eymael - PSDC;
José Serra - PSDB;
Levy Fidélix - PRTB;
Marina Silva - PV;
Mario Oliveira - PRTB;
Oscar Silva - PHS;
Plinio Sampaio - PSOL;
Rui Pimenta - PCO;
Zé Maria - PSTU

domingo, 27 de junho de 2010

O futuro do capitalismo por Stuart Hart

O texto que segue foi tirado na íntegra da revista Ideia sócio-ambiental e mostra o pensamento do economista stuart Hart e mostra, anos depois e para além das idéias marxistas centradas na luta de classes, que agora, sob uma nova ótica, o futuro do capitalismo, para além da exclusão dos mais pobres, depende, justamente, da inclusão desses menos favorecidos. O texto está a mostra porque foi trabalhado em sala de aula e numa postura crítica com os alunos dos 2º anos do ensino médio do colégio Santo Inácio.




A arte de conciliar aspirações do mercado com as das comunidades mais pobres
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Combater a desigualdade para criar novos mercados. Esta é a proposta de Stuart Hart, autor do livro "Capitalismo na encruzilhada" e um dos mais importantes especialistas em estratégias de negócios e sustentabilidade. Professor da escola de negócios Cornell´s Johnson, ele fundamentou, junto com C.K. Prahalad, o conceito de negócios na base da pirâmide, um modelo que consiste na aproximação das empresas com as comunidades com o objetivo de desenvolver produtos e serviços voltados diretamente
Stuart Hart

para as necessidades das populações de baixa renda, fazendo convergir o conhecimento local com o do setor privado. A idéia já está sendo implementada por multinacionais como DuPont, Unilever, Procter&Gamble, Unilever, Coca-Cola e HP.

O motivo é simples. Essas empresas almejam alcançar um mercado com cerca de quatro bilhões de pessoas que vivem com até US$ 1,5 mil por ano. "A real promessa de mercado não está nos poucos consumidores do topo da pirâmide social, nem mesmo nos consumidores da classe média emergente, mas sim nos bilhões de pobres que estão se integrando à economia de mercado", afirma Hart.Historicamente, essa camada da população conhecida como "base da pirâmide" tem sido excluída das estratégias das empresas normalmente preocupadas em atrair as camadas sociais com maior poder aquisitivo. "O capitalismo, como se conhece, teve um enorme e positivo impacto. Em termos de conforto material, por exemplo, não há dúvidas de que o mundo é bem melhor do que era há 100 anos. Mas esse modelo de desenvolvimento não conseguiu produzir melhores comunidades e qualidade de vida para toda a sociedade", ressalta.

A aproximação das empresas com as populações de baixa renda não é um fenômeno recente. Segundo Hart, a abordagem, no entanto, tem sido falha. Para alcançar a base da pirâmide, as multinacionais baixam os preços a partir, por exemplo, do corte de despesas com embalagens e campanhas de marketing, o que pode comprometer a qualidade dos produtos e serviços. Outra saída é oferecer a possibilidade de parcelar os pagamentos. Muito comum no Brasil, o recurso de dividir o valor de um produto em incontáveis parcelas, com juros elevados, muitas vezes representa uma cilada para o consumidor que acaba gastando muito mais do que se tivesse pago à vista.

O desafio, portanto, consiste em vender para as populações menos favorecidas e ao mesmo tempo ajudá-las a melhorar sua qualidade de vida. "Para isso, as empresas precisam estar dispostas a ouvir o que essas pessoas realmente precisam". Confira essas e outras idéias de Stuart Hart que em sua mais recente visita ao Brasil, no último mês de março, para participar do "Fórum de Sustentabilidade no Varejo", conversou com a repórter Juliana Lopes de Idéia Socioambiental.

O PROTOCOLO DA BASE DA PIRÂMIDE



A empresa que se interessa em usar o modelo proposto pelo protocolo escolhe o local de atuação, treina uma equipe multidisciplinar que vai trabalhar na região e faz as parcerias com agentes e organizações locais. Gasta-se de dois a quatro meses nesses preparativos.

Depois, é hora de conhecer a comunidade mais de perto. Durante uma semana, membros da empresa moram na região, interagem com os habitantes locais, ajudam nas atividades domésticas e criam uma base de confiança com a população. Isso é fundamental para que a empresa entenda o que a comunidade precisa.

Alguns moradores também são convidados para pensar, junto com a empresa, em negócios que podem beneficiar tanto a empresa quanto aquela comunidade. A palavra chave desse processo é co-criação.

Cada parte apresenta os recursos que tem para oferecer e diz como pode contribuir para o atendimento das necessidades da região. "É uma via de mão dupla", explica Stuart Hart. "A empresa oferece know how e capital, e a comunidade entra com o conhecimento que possui sobre o território, os valores e a história local, além da mão-de-obra".

Ao mesmo tempo em que a comunidade ganha a desenvoltura profissional necessária - não apenas para manter o protótipo do negócio de forma independente, como para ampliá-lo -, a empresa pode usar os conhecimentos adquiridos com a experiência para criar modelos parecidos em outros locais, considerando, é claro, as particularidades de cada caso.

BONS EXEMPLOS

A empresa Solae - subsidiária da DuPont que manufatura proteína de soja - tem colocado o modelo da "Base da Pirâmide" em prática, atuando em uma favela na Índia. A princípio, o objetivo da Solae era levar soja à população por um preço mínimo, mas, ao estudar o local, a empresa percebeu que ali não havia áreas verdes e as pessoas sofriam com a desnutrição. Reduzir os preços de legumes e verduras vindos de fora significaria levar, até a população, produtos de péssima qualidade.

Observando que a maioria das favelas da região tem alguns prédios com uma cobertura que não é utilizada, a solução encontrada, em conjunto, foi plantar hortas nessas lajes. Ali, as mulheres dão aulas de culinária e ensinam as pessoas a usar os alimentos cultivados na própria horta - entre eles a soja, que não fazia parte da dieta daqueles indianos, até então - e os jovens têm aprendido a produzir alimentos hidropônicos. O que é colhido vai para o consumo e também pode ser vendido, gerando renda para os moradores.

Stuart conta que a SC Johnson - empresa que trabalha com artigos de limpeza doméstica, higiene e controle de insetos - também é parceira do modelo e desenvolve um projeto em Nairóbi, no Kenya, para diminuir a violência étnica, melhorar a saúde da população e incrementar o sistema de saneamento no local.

Quem pensa que o protocolo é aplicável apenas em países pobres, engana-se. O modelo está para ser implantado em Flint (Michigan), nos EUA. No município, 40% dos habitantes não possui plano de saúde ou possui planos que não cobrem as despesas necessárias em caso de doenças mais graves. A idéia do Protocolo é criar, junto com a população, uma maneira de atender às suas necessidades de saúde.

MAIOR COMPROMISSO

Entre as inúmeras vantagens desse tipo de negócio, Stuart Hart destaca a transformação da comunidade em parceira da empresa, conseguindo gerar sua própria renda e podendo até se tornar fornecedora da corporação. "Depois do investimento inicial, a comunidade nunca mais retorna à fase inicial e se torna capaz de crescer sozinha".

Desde a Revolução Industrial, o processo produtivo deixou de fazer parte da comunidade, provocando um distanciamento entre o trabalhador e o que ele produzia. O objetivo do Protocolo é reinserir a produção e parte do comércio como serviços que atendem às demandas da própria comunidade.

O fato de os funcionários estarem completamente envolvidos com o projeto desde a sua concepção cria um comprometimento muito maior com o negócio e um desejo de que ele seja bem sucedido. O que for produzido, consumido e vendido afeta diretamente a vida de cada um dos moradores do local.

A empresa não tem muitos gastos com a iniciativa - já que aproveita muitos recursos já existentes na comunidade - e passa a fazer parte daquele ambiente. "As empresas estão começando a se preparar para esse crescimento da população na base da pirâmide. Para participar desse mercado de 2,5 bilhões de pessoas, será necessário realizar projetos diferenciados, que atendam às diferentes necessidades desse nicho". Empresas "predadoras", como diz o próprio Hart, que insistirem em impor necessidades de consumo aos pobres, não terão grandes chances de sobreviver no futuro.

O FUTURO DOS NEGÓCIOS

Stuart Hart defende a idéia de que a sustentabilidade ambiental vai acontecer, primeiro, entre a população de baixa renda. Isso porque começar um projeto de forma sustentável é mais fácil do que mudar uma estrutura que envolve grandes empresas, grandes fornecedores - nem sempre ecologicamente corretos ou socialmente justos -, grandes compradores e grande volume de dinheiro.

Atuando em mercados novos, com outra cadeia de fornecedores, não há competição com as grandes corporações e, portanto, não são criadas dificuldades para a utilização de tecnologias limpas e baratas.

Com uma crescente exigência de sustentabilidade, é provável que, num futuro próximo, as empresas dispostas a realizar os negócios de co-criação, iniciadas na "Base da Pirâmide", ganhem visibilidade e cresçam.

Hart acredita que o modelo proposto pelo "Protocolo da Base da Pirâmide" representa o futuro dos negócios do mundo.

Leia , aqui, o Protocolo na íntegra.

Revolução industrial

No passado, toda a economia fazia parte da comunidade que era auto-sustentável. As pessoas não precisavam comprar nada, pois tudo o que necessitavam era produzido internamente. Com a revolução industrial, isso mudou. Mas o processo de desenvolvimento sustentável tende a trazer a economia de volta para as comunidades, de forma que ela acompanhe as necessidades internas e não o que a indústria diz que a comunidade precisa.

Consumo de massa

Hoje, vivenciamos um ciclo vicioso de consumo, em que os produtos são concebidos para serem substituídos no curto prazo. Durante anos, essa lógica foi cabível, mas o planeta já não suporta o ritmo de consumo atual. Os Estados Unidos, com seus 270 milhões de habitantes – apenas 4% da população do mundo – consomem mais de 25% dos recursos energéticos do Planeta. Recriar esses padrões nos países em desenvolvimento seria desastroso. No entanto, fazer com que os norte-americanos ou os países desenvolvidos se sintam culpados pelo seu consumo não adianta. As pessoas e organizações só irão mudar esse padrão quando tiverem uma alternativa melhor a ele.

Base da Pirâmide

O protocolo da base da pirâmide é uma oportunidade de ultrapassar a estratégia pensada apenas para consumidores com alto poder aquisitivo, camada social que já não apresenta grandes possibilidades de crescimento para as empresas. Por isso, será preciso criar negócios inclusivos, por meio dos quais o setor privado e as comunidades alcancem benefícios comuns, em termos econômicos, sociais e ambientais.

Por que as multinacionais?

A inclusão de quatro bilhões de pessoas, que vivem com até US$ 1,5 mil por ano, representa uma oportunidade de negócio para as empresas e uma forma de unir setor privado, governos e sociedade civil em uma causa comum. Portanto, estratégias baseadas na base da pirâmide dissolvem o conflito entre os proponentes do livre mercado de um lado e a sustentabilidade ambiental e social de outro. No entanto, mudanças na tecnologia, crédito, custo e distribuição são pré-requisitos para viabilizá-las. E apenas grandes empresas com atuação global têm os recursos tecnológicos e financeiros para promover as inovações necessárias para desencadear essas mudanças.

Criar poder de compra

De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, cerca de um bilhão de pessoas – 1/3 da força de trabalho do mundo – estão subempregadas ou são mal remuneradas a ponto de não conseguirem suprir suas necessidades básicas. Portanto, para transformar a base da pirâmide em um mercado viável de atuação para as empresas é essencial aumentar a renda das camadas mais pobres e prover acesso ao crédito.

Reverter tendências

As inovações desenvolvidas a partir da experiência do protocolo da base da pirâmide não só trazem impactos positivos para as comunidades de baixa renda envolvidas na sua implementação, como também podem influenciar as escolhas das pessoas no topo da pirâmide. Daqui a 20 anos, nós poderemos olhar para trás e ver que as comunidades mais pobres forneceram as tecnologias para substituir os modelos insustentáveis disseminados pelos países desenvolvidos.

Melhorar o acesso

Na maioria das vezes, as comunidades estão física e economicamente isoladas. Por isso, a melhoria dos sistemas de distribuição e comunicação é essencial para desenvolver a base da pirâmide. A maioria dos países emergentes não tem sistemas de distribuição que atingem mais da metade da população. Como poucas companhias desenvolveram seu sistema de distribuição pensando nas necessidades das comunidades pobres, os consumidores ficam dependentes dos produtores locais.

Construir soluções locais

As empresas que quiserem crescer no século XXI vão ter que ampliar a sua base econômica e compartilhar experiências com seus públicos de interesse mais profundamente. Elas terão que trabalhar ativamente estreitando as distâncias entre ricos e pobres. Essa condição não será atingida a partir da estratégia atual de oferecer produtos e serviços globais, concebidos para as camadas mais altas da população. As companhias terão que sustentar a criação de novos mercados, alavancar soluções locais e gerar riqueza para os níveis mais baixos da pirâmide. Para isso, as empresas precisarão combinar as mais avançadas tecnologias com o conhecimento local.

Empresas do futuro

A lista das maiores corporações do mundo daqui a 20 anos vai incluir muitas empresas que ainda não ouvimos falar. Companhias que cresceram com a concepção de oferecer produtos e ao mesmo tempo proporcionar o desenvolvimento das comunidades. Isso é capitalismo, na sua melhor forma.

Nota: A foto acima não segue a repotagem original e foi tirada do google.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Liderança de turmas

O líder é o representante legal que além de fazer a mediação entre os anseios do grupo, por ele representado, provoca, também, a conscientização do seu grupo, a integração entre os membros da sala, estreita os laços de cooperação e participação nos movimentos de outras entidades estudantis, enfim, o líder não é um sujeito passivo que apenas liga extremos de vontades sociais... ele, é de fato, o reconhecimento incorporado do agente capaz de suscitar realidades sempre novas e dinâmicas no grupo em que ele está inserido... Parabéns a vocês que mereceram o reconhecimento de seus colegas... incorporem a representação e mãos à obra... Há muito o que fazer...

1º ano A => (...)
1º ano B => (...)
2º ano A => (...)
2º ano B => (...)
2º ano C => (...)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Morro Velho - Milton Nascimento


Morro Velho
Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento
No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada

Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, conta histórias prá moçada

Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante
Não esqueça, amigo, eu vou voltar, some longe o trenzinho ao deus-dará

Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha prá apresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha.

=> É como diz o velho Marx o homem é produto da luta de classes. A pureza das relações criadas na infância, sem preconceito, nem sempre é forte o suficiente, para sobreviver as imposições do capitalismo que divide a sociedade em classes e interesses antagônicos... na música, os amigos do passado, agora são patrão e empregado.

sábado, 20 de março de 2010

Augusto Comte (1798-1857)

" O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim".
Esse lema define bem o pensamento de Augusto Comte que, no Brasil, teve grande influência, no período da Proclamação da República (15/11/1889) e ainda hoje, sob certa ótica, é critério de progresso social. A influência do positivismo no Brasil está expressa no centro da bandeira através da frase: Ordem e Progresso e nos princípios norteadores da constituição de 1891.
Augusto Comte, criador do positivismo nasceu em Montpellier na França no ano de 1798. criou a teoria dos três estados que diz que o homem ao evoluir na história passou por três momentos: o religioso, o filosófico e o científico. Os dois primeiros estágios são etapas medianeiras para o último onde o homem, através da ciência, atinge o ápice do conhecimento. Augusto Comte mescla em seu pensamento filosófico elementos da tradição, do liberalismo e das correntes progressitas. Mas, para ele, somente através da ordem é possível se atingir o ideal do progresso.

Alguns teóricos da sociologia e sinopses de suas idéias...


Durkheim nasceu no dia 15 de abril do ano de 1858 em Epinal na França. Vem de uma família de tradição judáica. Estudou na Escola Superior Normal de Paris e formou-se em filosofia. A maioria de suas obras são dedicadas à sociologia, dentre estas, cito, uma das mais conhecidas: As Regras do método Sociológico (1895).
Para Durkheim , "a sociedade prevalece sobre o indivíduo. a sociedade é, para esse autor, um conjunto de normas de ação, pensamento e sentimento que não existem apenas nas consciências dos indivíduos, mas que são construídas exteriormente, isto é, fora das consciências individuais. Em outras palavras, na vida em sociedade o homem defronta com regras de conduta que não foram diretamente criadas por ele, mas existem e são aceitas na vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos. sem essas regras, a sociedade não existiria e é por isso que os indivíduos devem obedecer a elas." Tomazi. iniciação à Sociologia, 1993.
E se bem olharmos, logo que nascemos, somos de fato inseridos num sistema cultural de crenças; num sistema político de leis; num modelo econômico de vida e em vários outros modos sistemáticos de comportamento que irão referenciar nosso modo de pensar e agir na sociedade. É por isso, que Durkeim é mais conhecido, grosso modo, como o pensador do fato social.

Falando de sociologia....

o que é? => A sociologia é a ciência que estuda o comportamento dos indivíduos nos diversos grupos que compõem a sociedade: família, associações sindicais, grupos religiosos, culturais etc...
Origens da disciplina: A sociologia surge no fim do século XVII e meados do século XVIII no contexto das grandes revoluções burguesas (Revolução Inglesa, Revolução Industrial e Revolução Francesa)...
Finalidade: Na própria definição já encontramos o objetivo dessa disciplina que é estudar o homem no contexto coletivo de sua vida (cultura, religião,família etc) entendendo, de forma científica, as causas de seu comportamento social.
Ora, é típico da ciência estudar os acontecimentos sócio-naturais a partir de leis que justificam sua manifestação possibilitando-se dessa forma o controle e a previsão para se evitar o caos na vida social. Em outras palavras, para o cientista nada acontece por acaso porque tudo tem uma explicação... como diz o ditado: "onde há fogo, há fumaça". Dessa forma, na vida social, o movimento migratório das pessoas, as grandes revoluções, as grandes manifestações religiosas, os movimentos grevistas e associações sindicais... tudo isso, não existe por acaso ou desvinculado de uma realidade que favorecesse sua existência de fato. Se observarmos bem, o movimento grevista de um segmento qualquer da sociedade, por exemplo, está intimamente ligado às condições econômicas (salários, condições de trabalho etc) e estas- condições econômicas- associadas aos interesses capitais das grandes empresas que controlam a economia mundial; associadas, também, às intempéries climáticas, às metas econômicas e por aí vai... Dessa forma, podemos concluir que a sociologia não nasceu por acaso, nem foi criação abstrata de um pensador qualquer, num contexto e época qualquer de nossa história. Ela nasceu justamente no ambiente propício de efervescência político-social (queda do antigo regime e surgimento das duas classes antágônicas; patrões e empregados) e de mudança nos paradigmas de entendimento do que é ser humano (não mais um ente locado no pensamento hierárquico e estamental da sociedade teocêntrica, mas uma pessoa constituída em dignidade, livre e igual aos seus semelhantes por conta de sua capacidade de pensar, de ser e se fazer no mundo).